O poder dos sonhos 2



01 Maio 2013

Ainda sem superar a perda da única mulher que consegui amar na minha vida, fui tentando organizar aos poucos tudo novamente e tentar ao menos encontrar outra pessoa para "tapar" este enorme oco que ficou em meu coração.
O tempo foi se passando e os frustrantes sonhos persistiram em me  acompanhar, "MEU DEUS" exclamei bem auto em uma feira lotada de gente... Será que jamais serei uma pessoa normal?
Foi ai que uma moça ruiva e sorridente veio em minha direção me cumprimentando com beijos no rosto, como se já fossemos íntimos e com uma convivência de anos.
Com um enorme sorriso ela me abordou com uma seguinte frase "Oi meu  bem, quanto tempo não o vejo". Sem saber o que responder, somente dei um leve sorriso e fingi que a conhecia para que ela não pague um mico feio na rua, já que naquele dia estava lotada de gente.
Com um tom leve de voz a disse " meu bem, acho que você se  enganou, pois não sou quem você pensa que eu sou".
Ela olhou fixamente nos meus olhos e deu um grito  apavorante "CLARO QUE É VOCÊ, COMO NÃO SE RECORDA DE MIM? FOMOS FELIZES, VOCÊ CUIDOU DE MIM, CHOROU COMIGO, COMO É QUE NÃO SE LEMBRA DISSO?"
Tomei um susto com o relato da moça, mas mesmo assim continuei seguindo o caminho até o meu serviço, minutos depois escuto o meu celular tocar incansavelmente.
Com um puta susto joguei o celular no chão, " minha nossa" exclamei...
-Não é possível, isso não é possível.
Apanhei o celular do chão e continuei o meu trabalho, quando de repente novamente escuto o celular tocar...
 "Alguém só pode está zoando com a minha cara, isso é impossível" pensei comigo.
Com um tom de raiva atendi o telefone, não é possível que ela me ligue, não é possível, ela está morta.
Os dias foram-se passando eternamente e as ligações começaram a ser constantes, até que uma dia já farto de toda situação e brincadeirinha de mal gosto resolvi atender a ligação e para a minha surpresa era a voz doce dela. Caramba como é gostoso ouvir esta voz, mas de uma maneira dolorosa eu sabia que aquela voz do outro lado do telefone não era ela.

"Que que quem fala?" Disse gaguejando.
-Sou eu meu amor, me perdoe por te abordar assim.
"Assim co co como?"
-No meio de uma feira lotada de gente, bom eu não consegui me aguentar de tanta saudade que tive de você. Os momentos que passei sozinha dentro daquele lugar escuro e vazio foram os piores que já tive, deveria saber que eu voltaria pra você de alguma maneira e precisei discutir muito para consegui um corpo mais velho.
"Isso não pode ser, não é possível"
-Tudo é possível quando a gente ama alguém.
(o telefone fica mudo)




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